Ano novo, vida nova? Entenda, a primeira pessoa que você deve lealdade, é você!

by - 1/05/2024

 

Mulher na natureza

    O início de um novo ano é sempre algo inspirador, é sobre renovação. E a cada ano que passa, nos transformamos, nossas prioridades e vontades mudam. Por isso, não basta simplesmente criarmos uma lista de metas sem saber se aquilo ainda nos cabe. Para formular metas reais, precisamos saber quem somos e aonde queremos chegar.


    Dessa vez resolvi dar uma atenção a mais para o encerramento do ano, foi um ano de grande aprendizado e desenvolvimento pessoal. Conheci pessoas, lugares, vivi novas experiências, busquei outras perspectivas e então refleti sobre o que mais me agradou e o que me desagradou. 


    O primeiro passo foi revisitar todas essas situações e praticamente fazer uma lista mental mesmo, do que eu gostaria de manter na minha vida e do que eu não gostaria. Mas então passei a me questionar, sobre os porquês de ter gostado ou me incomodado com algo e deixei lá. Em seguida, listei todos os valores que priorizo em minha vida, que são inegociáveis (ou deveriam ter sido). 


Outras perguntas que me fiz:

“O que eu considero mais importante na vida?”

“Que tipo de pessoa eu quero ser? Como eu gostaria de ser lembrada?”

“O que eu realmente pretendo realizar na vida?”


    E foi quando eu tomei um grande choque de realidade, de como em alguns momentos eu havia sido conveniente com coisas que eram contraditórias ao que acredito, simplesmente para evitar conflito. É impactante como vivemos de forma desatenta, ao ponto de nos permitir nos afastar dos nossos objetivos, daquilo que acreditamos e do nosso propósito de vida. 


    Algo que aprendi na faculdade de comunicação e levei para vida, é que a gente comunica o tempo todo, e por isso é necessário assertividade. O que me leva ao próximo ponto…



“Ser pacífico, não é ser passivo.”


    Percebi o quanto passei a normalizar atitudes tóxicas, por eu considerar que eram coisas pequenas demais, e assim evitar conflito. E com o decorrer do ano, isso foi se tornando danoso, sem que eu percebesse. Infelizmente, vivemos em uma cultura que é normalizado e visto como esperteza, o ato de tirar vantagem às custas dos outros. Então, quando você age de forma passiva, relevando um comentário maldoso aqui, uma atitude egoísta ali, você passa a comunicar que tá tudo show de bola e se torna interessante para quem é oportunista e manipulador. E o pior, você acaba sendo conivente. 


    Houveram vários momentos em que me senti constrangida ou me coloquei numa posição de desconforto, para que as consequências das escolhas alheias, não fossem tão desconfortáveis para quem as gerou. Achando que estava ajudando, mas na real, estava deixando as pessoas ainda mais à vontade para serem desagradáveis. 


    Quando você comunica que é permissiva à toxicidade, você se torna um ímã e as pessoas passam a te procurar para "descarregar" frustrações, reclamações, hostilidades e etc. E ter uma rotina assim, sobrecarrega, cria estresse e angústia. E entende como isso é problemático e te afasta de todas aquelas realizações que você sonhou no ano novo?  


    Resultado, isso tira a qualidade de vida de qualquer um. 


    Me dei conta de como o tempo, a saúde e a produtividade são diretamente afetados. Por exemplo, troque a "educação" de ouvir o colega de trabalho amaldiçoando tudo, por ler 10 páginas de um livro durante o almoço, acredite pode tornar seu dia menos desgastante. 


    Ter compaixão é essencial, mas ser passivo não ajuda ninguém, ofereça formas de mudanças e dê espaço. Às vezes, a melhor forma de ajudar é justamente se afastando, e deixando a pessoa lidar com as próprias consequências.


    Acredito nos momentos de leveza da vida, e que conexões verdadeiras e saudáveis, não surgem de pequenas manipulações, egoísmos e dramas. No começo são bobagens, que vão se tornando nocivas. Pode apostar, nós sabemos os riscos que corremos quando escolhemos fazer ou deixar de fazer algo. Desconfie quando ver bandeiras vermelhas e situações em que não há espontaneidade. 


    Sabe aquele ditado? “Nunca ajude um lascado antes de saber porque ele está lascado. Ele pode estar lascado de tanto lascar os outros e pode acabar te lascando.” 


    É importante comunicar limites,  porque quando comecei a deixá-los claros, percebi que haviam pessoas que só gostavam de se sentirem gostadas por mim, e da minha disponibilidade. Só isso, não existia troca. E no momento em que parei de dificultar minha vida, reparei que existe uma vilanização de posicionamento, não é bem visto por quem tira vantagem, quando você passa a viver sua vida para si e de modo mais saudável. 


    Optei por me preservar. Entendi que não preciso justificar tudo a todos. Principalmente quando diz respeito a questões particulares e pessoais. E é por isso que existem pessoas com as quais interagimos, e pessoas com as quais nos relacionamos. Seja desinteressante para quem não é interessante.


    Hoje, antes de tomar uma decisão, eu paro e penso se aquilo vai tirar a minha paz interior, e se for o caso eu não faço. Isso facilitou muito minhas escolhas, para diferenciar o que deve ser feito, do que eu faria simplesmente para agradar ou não ser mal vista, e escolher melhor os lugares que frequento. Quando você diz “sim” para tudo, está dizendo vários “nãos” para você.


    Para lidar com o processo de mudanças, é inevitável ter convicção de nossa própria identidade, inclusive nossos pontos falhos, saber lidar com a frustração e ouvir o feedback de pessoas de confiança.  Se torna necessário dizer adeus para hábitos, comportamentos, situações e pessoas que nos distanciam dos nossos sonhos e de nós mesmos. E muitas das vezes, eles são encerrados sem um final propriamente dito. 


    A virada de ano é uma grande aliada, aquela contagem regressiva se torna um momento mágico, em que tudo o que mais importa, é simplesmente viver o momento, deixar de lado os medos de inseguranças e os apegos ao passado. É hora de agradecer o ano que passou, e se abrir para o novo.


    Em 2024 eu posso querer muito algo, mas se não fizer sentido com o que busco, eu vou recusar. Com a maturidade, aprendemos que nem tudo merece nosso tempo e atenção. Quero viver meu ano com mais liberdade, fazendo aquilo que me deixa conectada comigo mesma, e liberdade é saber valorizar nosso tempo, dinheiro e presença, ter autorrespeito. 


    É sobre a construção de uma base firme, não só para um ano próspero, mas para a vida. A construção é pessoal. O protagonista da sua vida, é você.


    Lembre-se: 

    A primeira pessoa que você deve lealdade, é você! Tenha um compromisso com seus sonhos.




    E se ainda está perdido na definição de metas, ou quer filtrar um pouco mais seu planejamento, o vídeo da Fê Neute pode te ajudar > Planeje sua vida com essas 5 dicas.




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