Editora: Suma | Autor: Stephen King | Páginas: 240 | Gênero: Mistério

Nota: 

Atenção! Gatilhos: Violência.

     Joyland, é mais um dos livros lançados através da SUMA aqui no Brasil e escrito por Stephen King. Ao contrário do que imaginei quando separei para leitura, não se trata de um livro de terror como muitos dos títulos do autor, está mais para um drama que contém mistério e suspense.

    A história se passa em 1973, quando Devin Jones um universitário de 21 anos, decide procurar um emprego de verão, o que o leva ao parque de diversões Joyland. O parque possui uma história de assombração, em que um fantasma aparece em um dos brinquedos, porém, o foco principal da narrativa é todo o desenvolvimento emocional do personagem. 

    Confesso que iniciei a leitura com muitas expectativas de uma história intensa, por conta das opiniões referente a esse livro, principalmente pelos comentários presentes na capa do livro. 

“Uma das histórias mais bem escritas de King… Profunda, divertida, cheia de reviravoltas, despretensiosa e, por fim, arrasadoramente triste” - Entertainment Weekly.

    É uma leitura bem divertida sim, (é até contrastante com outras história do King, que sempre há um mal intrínseco em alguns personagens ou na cidade), mas na minha experiência em particular, não achei profunda e nem arrasadoramente triste, apesar de conter algumas histórias sensíveis. Ainda sobre a capa, também deduzi que seria alguma cena da história, presumindo que se trataria de um mistério com ataques no parque ou coisa do tipo, mas não é. É uma capa muito bonita, mas que não tem muito a ver com o teor do livro de forma literal. 

“Só posso dizer o que você já sabe: alguns dias são preciosos. Não muitos, mas acho que em quase toda vida há alguns. Aquele foi um dos meus, e, quando estou triste, quando a vida me dá uma rasteira e tudo parece ruim e sem graça, como a Joyland Avenue em um dia chuvoso, eu volto a ele, ao menos para lembrar a mim mesmo que a vida nem sempre arranca nosso couro. Às vezes, ela oferece verdadeiros prêmios. Às vezes, são preciosos.”

    É uma citação que marca bem o sentimento que esse livro me passou, principalmente porque o personagem narra a sua história quando já está mais velho, ou seja, ele revive aquele passado. E quem nunca se pegou pensando em escolhas passadas, e como elas nos levaram a caminhos que não poderíamos imaginar. É nostálgico lembrar de como um primeiro amor parecia ter sido o fim, como verdadeiras amizades podem simplesmente acontecer, e como a vida acontece e nem sempre estamos preparados, mas ela acontece.

    O enredo conta com uma atmosfera muito característica desse tipo de história, ao ler é como se eu estivesse vendo um filme da Sessão da Tarde, daqueles do final dos anos 90. Nós torcemos para o personagem durante todo seu caminho de amadurecimento, mediante os acontecimentos do início da vida adulta, também nos importamos com o rumos dos personagens secundários. É uma leitura muito gostosa para ser feita nas férias de forma despretensiosa.

Publicado em 30 de outubro de 2023 - 11:36